O Renascimento Italiano

Nel mezzo del cammin di nostra vita     

mi ritrovai per una selva oscura

ché la diritta via era smarrita.

 

Ahi quanto a dir qual era è cosa dura

esta selva selvaggia e aspra e forte

che nel pensier rinova la paura!

 

Tant’è amara che poco è più morte;      

ma per trattar del ben ch’i’ vi trovai,      

dirò de l’altre cose ch’i’ v’ho scorte.       

 

Io non so ben ridir com’i’ v’intrai,           

tant’era pien di sonno a quel punto       

che la verace via abbandonai.

(Inferno, Dante Alighiere)

O que foi o Renascimento Italiano?

O apogeu cultural do Renascimento deu-se início no século XIV no norte da Itália.

Quando filosofia e ciência  começaram a se distanciar da Igreja, o homem passou a pensar de forma mais racional e, quanto mais distante ficava da religião, mais próximo estava de novas formas de pensar.

Com o final da Idade Média, a forma de pensar mudou, e o homem passa a ser o centro, a fonte, o principio.

Mas, o que significa Renascimento?  simplesmente nascer de novo. Todavia, para acontecer este “novo”, o homem voltou um pouco atrás e buscou no antigo a nova maneira de ser.

E a volta aos paradigmas da Antiguidade Clássica, que trazia como ideal o humanismo e o naturalismo, foram os principais fios condutores de todo um período de reflorescência empírica e científica desta época.

A região da Toscana foi a primeira referência do Renascimento, passando para as cidades de Florença e Siena e com grande força em Roma.

O Renascimento literário

A revolução literária italiana foi a base para a Renascença. Antes disso, a língua italiana não era considerada uma língua literária.

Escritores como Dante, Petrarca e Maquiavel são exemplos ​​de escritores italianos do Renascimento. Assim como Leone Battista Alberti e Vespasiano da Bisticci.

Nas artes, as obras dos artistas renascentistas se baseiam na observação do mundo e nos princípios matemáticos e racionais como: equilíbrio e perspectiva. Principais artistas:

  • Leonardo da Vinci,
  • Michelangelo,
  • Rafael Sanzio e tantos outros.

Outros consagrados escritores renascentistas:

  • Willian Shakespeare,
  • Miguel de Cervantes,
  • Luís de Camões,
  • François de Rabelais,
  • Erasmo de Roterdã, entre tantos outros.

A Divina Comédia

“L’amore che muove il sole e tutte le stele.”

Escrita em forma de poema, entre os anos de 1303 e 1321, quando Dante Alighiere esteve exilado, a obra é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso, em 33 cantos cada, com aproximadamente 40 a 50 tercetos, que sempre terminam com um verso isolado no final.

O livro O Inferno possui um canto a mais que serve de introdução a todo o poema. No total são 100 cantos.

Os lugares descritos por Dante em cada livro são divididos em nove círculos, formando no total 27, ou seja, 3 vezes 3 vezes 3 níveis.

Os três livros rimam no último verso, pois terminam com a mesma palavra: stelle, que significa ‘estrelas’.

Trata-se de um poema de estrutura épica, com propósitos filosóficos, um relato da viagem de Dante, acompanhado de Virgílio e de sua amada Beatriz.

Ao longo dos versos é possível “ver” o protagonista, Dante, em um longo percurso que se inicia com dificuldades e perigos, até chagar a um final feliz.

Um ponto importante é que Dante escreveu A Divina Comédia  em florentino, no início do século XIV, e pretendeu fazer uma síntese enciclopédica do conhecimento científico e filosófico da Idade Média.

Aliás, essa decisão foi uma atitude positiva, pois o autor inovou os costumes da época. Isso porque, até então, só se produzia textos em latim, por ser considerada a única língua capaz de exprimir os pensamentos mais nobres, enquanto a italiana era desprezada para a escrita.

De acordo com o crítico literário Otto Maria Carpeaux: “Dante criou a língua literária italiana. Dante criou a própria literatura italiana. A primeira grande obra da literatura italiana é, ao mesmo tempo, a maior obra da literatura italiana: é A Divina Comédia.”

O poema possui três personagens principais:

  • Dante, o protagonista que personifica o homem,
  • Beatriz, que representa a fé,
  • Virgílio, que pode ser considerado o símbolo da razão.

Durante a jornada pelo Inferno e pelo Purgatório, quem guia Dante é Virgílio, poeta da antiguidade e autor de Eneida. Ao Paraíso quem guiará Dante será Beatriz, seu amor eterno.

Em cada estrofe há 3 versos, chamados tercetos, cujo método é chamado de terza rima,

Esse método magistral foi criado por Dante e se refere a um sistema de rimas de três linhas entrelaçadas, na qual o verso do meio da primeira estrofe rima com o primeiro e o terceiro verso da estrofe seguinte, e assim sucessivamente. O resultado: uma sonoridade perfeita, admirável! Por isso a dificuldade em traduzir A Divina Comédia.

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